
Publicado em 2025-01-10
O Google continua avançando em seu objetivo de introduzir a especificação de criptografia de ponta a ponta MLS em seu aplicativo Mensagens, com uma flag identificada em seu código interno que habilita essa especificação para os chats de conversas individuais.
A criptografia de ponta a ponta (E2EE) é um sistema que impede o acesso de terceiros às conversas que os usuários mantêm em aplicativos de mensagens, como WhatsApp, Messenger ou Telegram. No entanto, trata-se de uma camada de proteção que dificulta a interoperabilidade entre esses aplicativos de mensagens.
Com o objetivo de melhorar o funcionamento da criptografia entre aplicativos, a gigante tecnológica anunciou em 2023 que adotaria em seu app de Mensagens a especificação RFC 9420 Message Layer Security (MLS), do Grupo de Trabalho de Engenharia da Internet (IETF).
Especificamente, essa especificação MLS é uma tecnologia de segurança de camada de mensagens que, embora assegure a criptografia E2EE, permite igualmente a interoperabilidade prática entre as plataformas que a adotarem.
Esse padrão apareceu no código interno do Google Mensagens em julho do ano passado e, agora, o Google começou a testar seu uso em chats de conversas individuais, conforme constatado pela Android Authority.
Segundo explicou o site citado, a criptografia MLS pôde ser ativada dentro das conversas individuais por meio da última versão beta do Google Mensagens v20250106, na qual foi detectada uma nova flag – recurso ainda em fase de testes – para gerenciar esse protocolo.
Nesse sentido, o protocolo MLS aparece nas linhas de código interno com o nome de código "Zinnia" e, quando a flag correspondente é ativada, a criptografia é habilitada, aparecendo como "value=1".
Da mesma forma, caso esteja desativado, o protocolo de criptografia é exibido como "value=0", o que indica que o app está utilizando a criptografia padrão para RCS, conforme explicou a Android Authority.
Com tudo isso, por enquanto, a flag de criptografia MLS não pôde ser ativada para conversas em grupo e, portanto, trata-se de uma função que continua em testes internos antes de poder ser experimentada pelos usuários.
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